terça-feira, 11 de novembro de 2008

Os direitos humanos, o esporte e a paz

Fidel Castro

Chamou-me a atenção que nenhuma de minhas amigas, as agências de informação, dissessem uma palavra no sábado sobre a grande avaliação que a Unesco fez sobre a educação em Cuba, que, apesar das ações dos Estados Unidos, ultrapassa os níveis atingidos pelos demais países da região, como se isso não tivesse nada a ver com o respeito aos direitos humanos.

Todas insistiam em qualificar a Reflexão como uma diatribe contra a Europa. Um despacho da agência chinesa Xinhua não o interpreta dessa forma. Transcreve os argumentos com fidelidade.


Utilizei os serviços da internet para analisar a palavra diatribe. Resposta: “Discussão ou escrito violento e injurioso contra pessoa ou coisa”.

Peço definição de injúria. Resposta: “Fato ou dito contra razão e justiça”.

Será que não foi calúnia a afirmação, milhões de vezes repetidas, que em Cuba se tortura e se violam os direitos humanos? Nunca torturamos ninguém, nem privamos alguém da vida por métodos extrajudiciais.

Se a Europa toma medidas diplomáticas contra Cuba alegando defender esses direitos, por que não adotam essas medidas contra os Estados Unidos pelo genocídio de Bush no Iraque e as milhares de pessoas presas sem julgamento e torturadas durante anos ali e em qualquer parte do mundo?


É curioso que um órgão da imprensa espanhola, que sem dúvida é diametral e abertamente oposto ao socialismo, menciona o reconhecimento da Unesco aos resultados do sistema educacional de Cuba, e inclui textualmente minha afirmação: “Nenhum país onde os direitos humanos sejam sistematicamente violados atingiria tão elevados níveis de conhecimentos”.

Enquanto escrevo esta Reflexão, às três da tarde, vejo pela televisão a partida de futebol entre Espanha e Itália. Estão zero a zero depois de uma hora de jogo. O Rei da Espanha contempla satisfeito o desafio. Não terminou ainda. São, sem dúvida, temíveis equipes.

Peço para sintonizar a televisão para ver a partida de futebol entre a equipe olímpica de Cuba e uma forte seleção das universidades dos Estados Unidos. Ontem pela noite, observei o choque entre as equipes olímpicas de boxe de Cuba e da França. Os atletas que representam esta são excelentes, como os boxeadores cubanos. Nosso público, bem instruído em questões esportivas, é imparcial, respeitoso e objetivo. Houve paz, hinos e bandeiras içadas, apesar do afã dos europeus e dos ianques para subornar e comprar atletas cubanos.


Agradeço a todos os mencionados por haverem fornecido matéria prima para esta Reflexão.

Talvez nos próximos dias dedique este tempo a outras atividades.

Tradução: Brasil de Fato

Fonte: http://alainet.org/active/24869&lang=es

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